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Portos em alta! Companhias docas federais reverteram prejuízo financeiro e passaram a operar com lucro

Fonte: Click Petróleo e Gás (20 de janeiro de 2020)

Portos em alta, o horizonte do setor portuário é extenso para 2020! Além do processo de desestatização da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), da SPA, e da administradora do Porto de São Sebastião (SP), o governo prevê a realização de 15 leilões ­– nove terminais portuários já foram qualificados pelo PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). A previsão é que, até 2022, sejam realizados 28 leilões, com investimentos da ordem de R$ 3,8 bilhões. A semana encerra com muitas vagas de emprego para obras e empreendimentos no Porto do Açu.
 
O levantamento feito pelo Ministério da Infraestrutura também aponta crescimento de 1% na movimentação dos portos brasileiros entre os dois anos. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários e das autoridades portuárias e, levam em consideração valores até outubro de 2019.
 
Em 2019 três das sete companhias docas federais reverteram prejuízo financeiro e passaram a operar com lucro. São elas: A SPA (Santos Port Authority), que administra o Porto de Santos (SP), a Codeba (Companhia Docas da Bahia), que administra os portos de Salvador (BA), Ilhéus (BA) e Aratu (BA), e a CDP (Companhia Docas do Pará), que administra os portos de Santarém (PA), Miramar (PA), Itaituba (PA), Vila do Conde (PA), Belém (PA), Outeiros (PA) e Óbidos (PA).
 
De acordo com os dados apresentado pelo Ministério da Infraestrutura, o resultado das docas federais também elevou 17 vezes, revertendo o saldo negativo de R$1 bilhão para prejuízo de R$ 58 milhões, o que revela a evolução dos balanços das companhias, entre 2018 e 2019.
A CDP passou de prejuízo de R$ 33 milhões, em 2018, para lucro de R$ 35 milhões, no ano passado. Já a Codeba reverteu seu prejuízo de R$ 11,4 milhões para lucro de R$ R$ 9,7 milhões entre os dois anos. Por último, a SPA saiu de prejuízo da ordem de R$ 468 milhões, em 2018, para lucro de R$ 150 milhões, em 2019.
 
“Isso é resultado de melhoria de gestão, redução das despesas com folha de pagamento, otimização dos contratos, aumento de receita e atualização das tabelas tarifárias”, explica o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni. “Algumas docas que tinham prejuízos há anos conseguiram reverter seus balanços. Além disso, mesmo as que não passaram a operar com lucro, conseguiram evolução em seus resultados financeiros”, destaca.
 
19 terminais tiveram crescimento no volume de cargas movimentadas. Dentre eles está Santarém (PA), que ficou em primeiro lugar e teve crescimento de 30,7%, em 2019. Em seguida, aparece o Porto de Itajaí (SC), com aumento de 23,2% em relação a 2018. Já o Porto de Vila do Conde (PA) ficou na terceira colocação, com aumento de 19,3% no volume de cargas escoadas.
 
Segundo Piloni, os resultados só não foram ainda melhores devido ao rompimento da barragem da VALE, em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado, o que impactou as exportações de minério de ferro em todo o país. “Além disso, o surto de peste suína na China, principal consumidor da soja brasileira, impactou o volume de grãos exportados ao país asiático”, avalia. Mesmo assim, entre os 19 portos que registraram saldo positivo, houve crescimento de 6,1% na movimentação, que passou de 296 milhões de toneladas escoadas, em 2018, para 313 milhões de toneladas movimentadas em 2019.