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Representantes da SPA concluem missão a portos da Europa

Fonte: Santos Port Authority (06 de dezembro de 2019)

Foto: Companhia Docas do Espírito Santo


 
A Santos Port Authority (SPA) participou, entre os dias 26 e 29 de novembro, do “Projeto Benchmarking Modelagem de Governança Portos”, missão brasileira à Europa que visitou os portos de Roterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica) e Londres (Inglaterra). Representaram a SPA o diretor de Administração e Finanças, Fernando Biral, o superintendente de Planejamento Portuário, Bruno Stupello, e o gerente de Regulação Gabriel Rapoport Furtado. A comitiva foi integrada também por representantes do Ministério da Infraestrutura (Minfra), da Companhia Docas do Espírito Santos (Codesa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
 
A viagem teve como objetivo conhecer os modelos de governança dos portos visitados e apresentar as oportunidades de negócio a possíveis investidores, uma vez que as administrações portuárias de Santos e Vitória constam da carteira do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo para desestatização. “Conhecemos três modelos diferentes de organização portuária, mas que têm elevados índices de produtividade e eficiência. Isso mostra que existe espaço para construir um modelo adaptado às necessidades locais desde que, obviamente, alguns princípios sejam mantidos, como o estímulo à competição, à segurança jurídica e institucional aos investimentos, e o respeito aos contratos”, afirmou o diretor de Administração e Finanças da SPA, Fernando Biral.
 
A comitiva iniciou a visita técnica pelo Porto de Roterdã, na Holanda. Lá os brasileiros foram recebidos pela direção e pelo seu representante na América Latina, Peter Lughart. Embora Roterdã seja de propriedade pública, a lógica de gestão é privada. O grupo participou de apresentações relativas ao complexo portuário holandês, com destaque para o processo de corporatização.
 
Em Roterdã, os representantes do Brasil também conheceram a Port of Rotterdam International, empresa voltada à realização de negócios com outros países, e os projetos de serviços de digitalização (Pronto) e blockchain (Deliver), que foram apresentados pela equipe de tecnologia. A plataforma integra diversos agentes em busca da redução de tempo de atracação, burocracias, custos, e consequentemente, benefícios ambientais (por exemplo, pela redução de uso de combusteis nas embarcações, gerando menor emissão de CO2).
 
A visita técnica à Holanda foi concluída com uma visita ao centro de treinamento STC (Shipping & Transport College), em que foram apresentados aspectos essenciais sobre capacitação, incluindo o uso de modernos simuladores. O navio-escola também estava em funcionamento, no momento da visita.
 
No dia 27, o grupo foi à Bélgica, onde o gerente de relações internacionais do Porto de Antuérpia, Tom Monballiu, recebeu a comitiva brasileira. Eles conheceram o modelo de governança local, em que o porto pertence ao município, o que mantém a autonomia de gestão. A regulação portuária fica por conta da Autoridade Portuária, e a determinação de tarifas não sofre controle externo.
 
Ainda em Antuérpia, a comitiva brasileira visitou o terminal de contêineres que a empresa DP World possui naquela região. A companhia conta também com um terminal no cais santista, o DP World Santos.
 
O terceiro dia da missão técnica, 28, foi na Inglaterra. Na London Port Authority (PLA), o grupo foi recebido pelo diretor de Assuntos Corporativos e Relações Institucionais, Alistar Gale. O executivo fez uma apresentação sobre o Porto de Londres e seu modelo de privatização – a Inglaterra foi o primeiro país a desestatizar seus portos, na década de 1980.
 
A missão foi concluída no dia 29, com reuniões em Londres com possíveis investidores e representantes do governo britânico.