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Santos e seus acessos ferroviários

Fonte: A Tribuna (20 de julho de 2017)

Não basta ter um porto com terminais modernos e bem equipados. É preciso garantir a chegada da carga de forma ordenada. No Porto de Santos, o principal do Brasil, as malhas férreas das concessionárias Rumo, MRS e FCA são as responsáveis pelo acesso de mercadorias através do modal ferroviário.
As principais malhas que atendem o Porto são as da Rumo e a da MRS. A primeira se estende pelos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (nesses dois, chegando às zonas de produção agrícola), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa conta com linhas para trens com bitolas (distância entre suas rodas) métrica (ou estreita, de um metro) ou longa (1,6 metro).
Já a MRS sai de São Paulo e continua por Minas Gerais e Rio de Janeiro – o que originou sua denominação, sigla de Minas, Rio e São Paulo. Sua malha é para bitola larga.
Sem acesso direto ao Porto, a FCA atende o complexo marítimo ao operar em parceria com a Rumo, conectando suas malhas em Campinas. As linhas da empresa estão presentes em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás, Bahia e no Distrito Federal.
O modal tem ampliado sua participação no deslocamento de mercadorias entre o complexo e o interior do País nos últimos anos. Mesmo assim, facilitar e, assim, impulsionar o transporte ferroviário no cais santista é a intenção das autoridades e dos especialistas em logística.
Em 2010, as cargas transportadas em vagões somaram 19 milhões de toneladas, 19,5% de tudo o que passou pelos terminais marítimos da região no período. Já no ano passado, chegou a 27,5 milhões de toneladas, 24,7% das cargas.
A expectativa é de que, em dez anos, o modal responda por 40% das mercadorias que seguem em direção ao cais santista. Considerando apenas as commodities (principalmente as agrícolas, como soja e milho), essa participação é ainda maior, chegando a 58%.
Para ampliar ainda mais a participação das ferrovias no transporte de cargas no Porto, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) também estuda segregar o tráfego de trens e eliminar conflitos rodo-ferroviários no Porto de Santos. Nesse processo, o agendamento de vagões é uma das ferramentas a serem utilizadas pela Autoridade Portuária.